mar e eu
Quando vejo o horizonte azul è quando me acalmo, quando oiço nada alèm das ondas que dizem olà e depois se recolhem na imensidão do seu corpo. Fecho os olhos e sinto o cheiro da agua salgada, pego a areia na mão e deixo-a deslizar por entre os dedos sentindo còcegas e sorrindo pela primeira vez.
Por um momento ali fico parada...eu e o mar...os dois que nos olhamos e nos contamos os nossos segredos sem proferir uma palavra.
Penso em quem fui e em quem sou...penso no que perdi e no que encontrei e percebo que a vida è feita de batalhas e de perdas, as vezes ganhas mas em 90 por cento dos casos perdes.
Levanto-me e sinto a areia que ficou agarrada a mim cair, vejo o vento levar o que ficou em mim colada e naqueles segundos penso que aqueles graos de areia sao felizes, a voar pelo ar antes de cairem de novo no mar ou quem sabe atè em outra pessoa, mas por meros segundos sao livres.
È absurdo pensar que ficaremos sempre no mesmo lugar ou sempre as mesmas pessoas, porque a vida muda todos nòs atè o mar muda da noite pro dia!
Mais uma vez olho o mar e peço-lhe que me ensine a sabedoria que ele tem, ser calmo e tempesta, ser maravilhoso e tenebroso, reflectindo a lua ou o sol ele vive as suas regras e nao deixa ninguem dizer-lhe o que fazer nem como agir.
M.P. da Silva
ps: Se nos lembrarmos de quem fomos, iremos sempre conseguir ser alguem melhor
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