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A mostrar mensagens de dezembro, 2017

Inveja

A hipocrisia bateu na minha porta e eu não a vi...sem dar conta abri-lhe a porta e deixei-a consumir a minha vida. A falsidade sua irmã disfarçou-se de amiga e a essa eu estendi a mão para logo apuntarme o braço. A inveja mãe delas disfarçou-se do papel poderoso sem nome relativo e com coração de nobre e como uma doença infectou o ambiente em que vivo, criando raízes e posando olhares em todos os lugares para logo me bater a minha porta, dizendo-me que o capuchinho foi enganado pelo lobo pela sua bondade e dom de ver sempre o bom das pessoas, mas que quase sempre na vida as pessoas vivem segundo uma agenda escondida que revelam só quando lhes convém e que acreditar nas pessoas è um dom raro e muito doloroso, pois pode ferir-nos ao ponto de isolação do mundo.                                                          S.P. da Silva

Qual a razão

Qual è a razão de continuar viva se todos me querem longe? Qual è a razão em continuar a 'viver' se me sinto morta dentro? As palavras não as leva o vento...essas ficam guardadas bem cá dentro, numa repartição bem escondida do cérebro e quando nós estivermos para nos iludir de novo com as pessoas essas palavras ditas a nós voltam todas a memória. "És uma puta.." , "és uma merda..." , "Não vales nada", "Não vejo a hora que desapareças" , .... E tantas outras palavras que nos ferem bem no fundo, nós escondemo-las por detrás de recordações por nós alteradas em modo que não nos doa recordar. Mas o cérebro não dorme e quando o coração quer dar uma segunda ou terceira ou milésima oportunidade essas palavras que tanto nos feriram voltam a nós. Exatamente como foram ditas, exatamente como nos magoaram na altura, voltarão a magoar...porque foram ditas com essa intenção. Pergunto-me se a realidade dos factos nos seja necessária, para nos libe...

Ainda arde o fogo do meu sofrimento

Me pego olhando para as chamas. Fúria voraz contida no pequeno espaço entre as paredes da lareira. Pequenas, mas não inofensivas. Penso sobre tudo o que me disseram. Já me disseram que nada se cria e nada se destrói. Isso é triste. Vejo agora a madeira queimando. Algo que fora um colosso verde agora jaz em pedaços, queimando lentamente. Sua longevidade resumida em fagulhas e brasas. Creio que eu já fui como essa árvore. Já fui enorme. Assim como cortaram a árvore, ele quebrou meu coração. Assim como guardaram as lascas do que era a árvore, ele guardou os cacos do meu coração e, assim como no inverno queimo essas lascas, e no inverno dos sentimentos mortos naquele coração de gulo ele se aquece vendo os cacos do meu coração queimarem com as chamas que restaram do que um dia já foi a nossa paixão. E eu aqui sem coração mas com excesso de sentimentos. Não tenho onde guardar e não posso entregá-los a qualquer pessoa. Então fico aqui, com todo esse oceano, vendo a vida se esvair ...